Instituto Mosap Participa da Marcha da Classe Trabalhadora e Reforça Luta pelo Fim da Contribuição Previdenciária dos Aposentados
No último dia 29 de abril, a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, foi palco de uma das maiores mobilizações sindicais dos últimos anos: a Marcha da Classe Trabalhadora. Com a participação de mais de 30 mil pessoas, entre servidores públicos, trabalhadores do setor privado, aposentados e pensionistas, o ato unificado teve como objetivo apresentar as principais pautas da classe trabalhadora brasileira. O Instituto Mosap marcou presença na mobilização com destacada atuação, reafirmando seu compromisso histórico com os servidores públicos aposentados e pensionistas.
A Marcha teve início nas primeiras horas da manhã, com concentração em frente ao Teatro Nacional, de onde os manifestantes seguiram em caminhada pela Esplanada até a Praça das Bandeiras, em frente ao Congresso Nacional. O percurso foi marcado por palavras de ordem, faixas, cartazes e falas públicas que ecoaram os anseios de milhares de trabalhadores, especialmente os que já cumpriram sua missão no serviço público e hoje enfrentam desafios com a contribuição previdenciária mesmo após a aposentadoria.
O Instituto Mosap, representado por sua diretoria e por entidades filiadas de diversas regiões do país, destacou durante a marcha a urgência da aprovação da PEC 06/2024 e do apensamento à PEC 555/2006, que propõem o fim da cobrança da contribuição previdenciária sobre os proventos dos aposentados e pensionistas do serviço público. Para o Mosap, esta é uma pauta de justiça social, dignidade e respeito à trajetória de quem já contribuiu ao longo de toda uma vida laboral.
Além do fim da contribuição previdenciária, a Marcha da Classe Trabalhadora também defendeu o fim da escala de trabalho 6×1, a redução da jornada de trabalho sem redução salarial e a isenção do imposto de renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil. Essas demandas foram construídas coletivamente pelas centrais sindicais e entidades de classe, com base em estudos, audiências públicas e escuta às categorias envolvidas.
A manifestação transcorreu de forma pacífica e ordeira, sem registro de intercorrências, e foi marcada por um espírito de unidade entre os diferentes segmentos da classe trabalhadora. Com palavras de ordem voltadas à valorização do serviço público, à dignidade no trabalho e à justiça fiscal, a mobilização conseguiu dar visibilidade nacional a pautas que têm sido historicamente negligenciadas.
O presidente do Instituto Mosap, Edison Guilherme Haubert, destacou a importância da Marcha como instrumento de pressão democrática e como espaço legítimo de reivindicação: “O Mosap participa da Marcha da Classe Trabalhadora com a convicção de que a luta dos aposentados está inserida em uma pauta maior, que é a defesa dos direitos sociais, da justiça fiscal e do respeito a quem construiu os pilares do Estado brasileiro. Estar aqui é honrar essa trajetória”, afirmou.
Ao lado de dirigentes das entidades filiadas, os diretores do Instituto distribuíram materiais explicativos sobre a PEC 06/2024, dialogaram com a imprensa e reforçaram a articulação política com outras lideranças sindicais, parlamentares e representantes da sociedade civil.
A representatividade do Mosap na Marcha também foi reconhecida pelas centrais sindicais organizadoras, que mencionaram a atuação da entidade como uma das mais persistentes na luta pela revogação da contribuição previdenciária dos aposentados. “É preciso reconhecer que essa é uma bandeira que vem sendo empunhada pelo Mosap há anos, com firmeza e consistência. A presença deles aqui fortalece toda a classe trabalhadora”, afirmou Jospe Gozze, presidente da Pública – Central do Servidor.
Na parte da tarde, em um momento de grande simbolismo político, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu no Palácio do Planalto os presidentes das principais centrais sindicais. Na reunião, foi entregue oficialmente a pauta de reivindicações construída pelas entidades e reforçado o compromisso do governo federal com a escuta ativa dos trabalhadores.
Embora a agenda do presidente não tenha previsto a recepção de todos os segmentos da Marcha, os temas prioritários — como o fim da contribuição dos aposentados e a valorização do serviço público — foram destacados como pontos centrais da reunião. Segundo relato dos dirigentes das centrais, Lula se mostrou sensível às pautas e indicou que seu governo trabalhará para construir caminhos de diálogo e avanço nas demandas apresentadas.
O Instituto Mosap continuará acompanhando os desdobramentos da Marcha e seguirá atuando fortemente no Congresso Nacional pela aprovação da PEC 6/2024 e ainda, no Supremo Tribunal Federal pelo julgamento da ADI 6254, que garantam a justiça previdenciária aos servidores aposentados. A mobilização do dia 29 foi apenas mais um capítulo de uma luta que se constrói todos os dias, com firmeza, respeito e espírito democrático.
Ao final da mobilização, ficou clara a capacidade de organização e mobilização da classe trabalhadora, bem como a força das entidades que, como o Mosap, não medem esforços para representar com dignidade e coragem os que dedicaram sua vida ao serviço público. A Marcha da Classe Trabalhadora de 2025 entra para a história como uma das maiores manifestações dos últimos anos em defesa do trabalho digno, da aposentadoria justa e da valorização dos servidores em todas as fases da vida.
O Instituto Mosap agradece a todas as entidades filiadas que se engajaram nesta jornada e reafirma que seguirá firme na construção de um Brasil mais justo, onde os aposentados e pensionistas não sejam penalizados, mas reconhecidos por sua contribuição inestimável à nação.















