Veja as demandas previdenciárias que a campanha dos servidores levará ao governo

Em reunião marcada para a próxima terça-feira (dia 11), federações que representam os servidores públicos vão apresentar uma proposta unificada por melhorias tanto nos salários dos funcionários quanto nos ambientes de trabalho do serviço público. O encontro marcará o início da Mesa Nacional de Negociação Permanente, que tem o objetivo de reaver as perdas inflacionárias nos soldos dos membros do funcionalismo público.

As propostas visam a beneficiar 1,2 milhões de servidores. De acordo com o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais, as reivindicações buscam devolver o poder de compra dos funcionários públicos ao patamar que tinham em julho de 2010.

– Nós teremos duas reuniões. A primeira será uma solenidade mais formal, que contará, inclusive, com a participação de ministros. A segunda será já uma negociação mais efetiva com as nossas demandas, salariais ou não – diz Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado.

Veja as demandas previdenciárias que a campanha dos servidores levará ao governo, segundo documento ao qual a coluna teve acesso.

  • O fim da contribuição previdenciária de aposentados e pensionistas, mediante o envio ao Congresso Nacional de uma nova Proposta de Emenda Constitucional que atualize os termos PEC 555/2006;
  • A possibilidade de servidores aposentados e pensionistas, por opção pessoal irrevogável, perceberem reajustes pelo IPCA anua em troca da paridade (de forma similar aos servidores que se aposentam pela média salarial);
  • A revogação definitiva do Decreto nº 10.620/2021, a retirada do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº189/2021, de autoria do Governo Federal, e a adoção de uma nova Lei Complementar sobre o assunto (mas sem a criação de contribuições previdenciárias adicionais e sem a retirada da competência de execução dos serviços previdenciários por parte dos Órgãos da Administração Indireta e dos Poderes Legislativo e Judiciário);
  • O fortalecimento do Decipex exclusivamente para a Administração Direta (com aporte de mais recursos tecnológicos, deslocamento de mais servidores e realização de parcerias mais integradas com as Unidades Regionais do INSS, dentre outras possibilidades);
  • A normatização plena do Benefício Especial, no caso das migrações ao RPC, a fim de suprir eventuais lacunas jurídicas a respeito dos cálculos para sua concessão e correção anual, bem assim o lançamento dos valores calculados nos assentamentos funcionais de cada servidor que optou pela migração.

– Um dos objetivos da nossa proposta é começar a encurtar distorções que foram gerada nos últimos períodos. Esse é um dos primeiros movimento que a gente quer fazer para recuperar o poder de compra dos servidores – afirma Sérgio Ronaldo, diretor da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal.

Fonte: Extra

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